Profissionais de peso visitam

domingo, 22 de novembro de 2009


A Terra da Luz também é terra de muito sol, e isso todo mundo já sabe. O que não é fato tão divulgado é que o Ceará concentra, na região dos Inhamuns, a maior radiação solar de todo o País, capaz de gerar de 14 a 16 megajoules (MJ unidade de medida da energia obtida pelo calor) por metro quadrado durante o dia. Assim, essa insolação, que é tida como uma problemática na região central do Estado, pode (e deverá) se reverter em possibilidade econômica de geração de energia. O projeto de construção de uma usina solar no município de Tauá já está pronto, e deve ter iniciadas as suas obras logo após que o Fundo de Investimento em Energia Solar (Fies) for publicado.

O fundo criará benefícios fiscais que tornarão viável a produção e comercialização desse tipo de energia, cujo custo é bastante elevado em relação a outras fontes, como hidrelétricas, térmicas e mesmo eólicas. O investimento por quilowatt desse tipo de energia é seis a sete vezes maior que o de uma termelétrica a carvão. Este será o primeiro fundo do tipo no Brasil.

A usina de Tauá será construída pela MPX - empresa do grupo EBX, de Eike Batista - e foi anunciada com uma capacidade de produção de 50 MW, o que demandaria investimentos de US$ 250 milhões. Desta forma desenhada, seria a segunda maior do mundo, perdendo apenas para um projeto semelhante em Portugal.

Os novos planos são para iniciar com produção de apenas 2 MW, para depois ampliar. Os investidores estariam negociando a redução do preço dos painéis solares, ainda muito caros no mercado internacional. Apesar de elevados, estes preços, contudo, vêm registrando um decréscimo ao longo dos anos.

A previsão anunciada pelos investidores era de que as obras tivessem começado em setembro do ano passado, sendo concluídas em 2011. Os novos prazos, contudo, ainda não estão definidos.

Juntamente com a usina, o governo estadual busca garantir também uma fábrica de painéis fotovoltaicos no Estado, o que reduziria os custos da usina. A ideia é de garantir aqui toda a cadeia da produção de energia por fonte solar.

Aproveitando o potencial do Estado para a energia solar, uma empresa espanhola também realiza estudos no Estado para definir onde instalará duas térmicas movidas à energia solar no Estado. O investimento, segundo o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado (Adece), Antonio Balhmann, é tido como "quase irreversível" pelo governo. Assim, as terras cearenses abrigariam as primeiras termossolares do Brasil.

A dimensão das usinas e a capacidade de geração ainda não estão definidas, mas acredita-se que as unidades poderão começar com 2 MW a 5 MW, para irem ampliando depois. O investimento, vista a imprecisão dos detalhes do projeto, ainda não está acertado. "As usinas termossolares são limpas, não há emissão alguma de gases. As placas solares aquecem as caldeiras e elas produzem energia. Na Espanha, tem várias, mas o Brasil ainda não tem", comentara anteriormente o presidente da Adece.


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