Profissionais de peso visitam

segunda-feira, 27 de setembro de 2010


Vestas vai, inicialmente, importar componentes dos aerogeradores, como as celes, as pás, torres e a parte eletrônica, e montará na unidade, usando o processo conhecido por Plug-and-Play




A dinamarquesa Vestas confirmou o projeto de instalação de uma fábrica de montagem de equipamentos para energia eólica no Ceará, e já planeja a ampliação de sua atuação na indústria cearense.



Em reunião, ontem, no Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado (Cede), os diretores da empresa anunciaram que já possuem terreno alugado em Maracanaú para a primeira fase de seu projeto, e pleitearam ao governo estadual a infraestrutura de acesso ao local, que receberá caminhões de até 60 toneladas.



"Acertamos que a empresa fará o projeto de seu acesso e nós iremos levá-lo para apreciação do governador. Em duas semanas, eles ficaram de nos entregar o documento. E, na mesma ocasião, darão entrada no Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI), para ter os benefícios fiscais oferecidos pelo Estado", informou o presidente do Cede, Ivan Bezerra.



De acordo com ele, a empresa utilizará um galpão de 3,8 mil metros quadrados, em um terreno total de 10 mil metros quadrados. "Eles precisarão de um acesso grande, já que por lá passarão máquinas pesadas", reforça Bezerra. A vinda da fábrica para o Estado contou com a assessoria da Pentagonal Consultoria de Investimentos.



Os diretores de Logística, Raphael Huot, de Projetos, Alberto Buey Casaus, e de Finanças da empresa, Diego Fernandez de Pinedo, informaram que pretendem desenvolver o projeto de indústria eólica no Ceará em duas fases. Inicialmente, com a planta em Maracanaú, que, segundo o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado (Adece), Zuza de Oliveira, também presente na reunião, funcionará como uma "ilha de montagem".



Importação de componentes



A empresa, inicialmente, importará os componentes dos aerogeradores, como as celes, as pás, torres e a parte eletrônica, e montará na unidade, usando o processo conhecido por Plug-and-Play. Os diretores também afirmaram que, em relação às pás e torres, procurarão, posteriormente, trazer de fabricantes localizadas no Brasil. A expectativa é de que a fábrica entre em funcionamento em 2011.



2ª fase de nacionalização



A segunda fase seria para nacionalizar a maioria dos componentes, segundo explica o diretor da Adece, Fernando Pessoa. "Aos poucos, eles querem garantir uma cadeia de fornecedores locais e, daí, pretendem montar uma outra indústria no Pecém. Eles solicitaram espaço, e planejam implantar lá a fábrica dos componentes.



A Adece e o Cede informaram que vão estimular a formação dessa cadeia de energia eólica no Ceará", explica Pessoa. O diretor acrescentou que a Vestas já possui negócios fechados com investidores que venceram os últimos leilões de energia eólica para fornecer equipamentos que representam mais de 200 megawatts (MW) somente entre os estados do Rio Grande do Norte e Ceará, o que significa mais de 100 torres de aerogeradores. Segundo o presidente da Adece, a criação de toda a cadeia de produção eólica no Estado, da fabricação de componentes à geração, contribui para a redução do custo da instalação da energia, fortalecendo a sua competitividade no mercado. Ele acrescentou que manteve conversações com o reitor do Instituto Federal do Ceará (IFCE), Cláudio Ricardo, para a criação de cursos tecnológicos especializados em energias renováveis, com destaque para a eólica. "Ele sinalizou com grandes possibilidades de criar o curso", afirmou.



Outras empresas



Além da Vestas, o diretor da Adece, Fernando Pessoa, informou que a multinacional indiana Suzlon está em fase de escolha do local onde erguerá uma fábrica de pás, já acertada para o Ceará. "Eles estão definindo entre Pacajus, Horizonte, Maracanaú, Cascavel e Pindoretama", aponta Pessoa. A empresa instalou, no Ceará, a sua secretaria de negócios no Brasil. Já a alemã Fuhrländer, que possui terreno no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) para a construção de uma fábrica de aerogeradores, está com diretores da sua sede, na Alemanha, em reuniões de trabalho desde terça-feira no Ceará. "Eles estão trabalhando no projeto da fábrica, elaborando já o layout".

Fonte: ADECE

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