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Capacidade instalada mundial deve crescer quase 10 vezes em relação ao previsto para o fim deste ano. Brasil é destaque na América Latina.

As perspectivas para energia eólica para as próximas décadas são positivas, segundo o estudo Global Wind Energy Outlook 2010 divulgado pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês) e o Greenpeace International. Pelas projeções apresentadas, a energia eólica poderia totalizar uma capacidade instalada de quase 1,8 mil GW em 2030 pelo chamado cenário moderado do relatório, que leva em conta todas as políticas implantadas ou em implantação de incentivo às fontes renováveis. A perspectiva é que em 2010 a capacidade chegue a 198,7 GW. Ou seja, nos próximos 20 anos, a energia eólica vai aumentar em quase 10 vezes a potência instalada.

A produção de energia pelos parques eólicos em 2030 deve alcançar 4,36 mil TWh, podendo atender de 15% a 17,5% da demanda de energia mundial, calcula o estudo. Europa, América do Norte, China e Índia continuarão a liderar a implantação de novos parques eólicos nas próximas décadas, de acordo com o relatório. A América Latina deve pular de 1 GW instalado em 2009 para 72 GW em 2030. No mesmo período, a China vai passar de 26 GW para 404 GW.

Segundo o relatório, o Brasil está fazendo o maior progresso em relação a energia eólica na América Latina. O país deve terminar o ano de 2010 com uma capacidade instalada de 900 MW. "Este país tem uma área com grande potencial para energia eólica, combinado com o crescimento da demanda de energia e uma infraestrutura industrial sólida", afirma o relatório. O texto lembra ainda que em 2009 e 2010 foram viabilizados em leilões cerca de 3,8 mil MW de capacidade, além de alguns projetos do Proinfa ainda estarem em construção.

Os investimentos para colocar toda a capacidade instalada mundial em operação alcançarão dentro de 20 anos a marca de € 165,7 bilhões, ante € 51,8 bilhões no ano passado. O número de empregos gerado por essa indústria deve passar de 628 mil postos para 2,373 milhões entre 2009 e 2030. Na contramão, o custo de investimento por kW instalado será reduzido de € 1.350/kW, em 2009, para € 1.118/kW em 2030.

O estudo de GWEC e Greenpeace mostra ainda que a energia eólica poderia evitar emissões de gases do efeito estufa da ordem de 1,2 bilhão de toneladas de CO² por ano, em 2020, crescendo para 2,6 bilhões de tCO²/ano em 2030. Para ler o relatório, em inglês, na integra, clique aqui.


FONTE: Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Planejamento e Expansão - 13/10/2010.