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domingo, 22 de novembro de 2009

Apesar de o sistema nacional não ser configurado de forma que os estados produzam energia para o seu próprio consumo, o Ceará costuma ser considerado como um "importador" de energia, por produzir em menor escala do que demanda de eletricidade. Contudo, espera-se que, em 2011, esse quadro seja invertido, pelo menos no que se refere à capacidade instalada.

Novos empreendimentos já em construção devem elevar consideravelmente a produção de energia cearense. Nove projetos incrementarão a capacidade de geração no Estado em 1.531 MW, fazendo com que o Ceará tenha potencial para gerar 2.458 MW. Das novas usinas, cinco serão eólicas, com 209,3 MW (13,6% do total) e quatro serão termelétricas, com 1.321,9 MW (86,3%).

Esse potencial fará com que o Ceará possa produzir além da energia consumida em seu território, que hoje é de cerca de 1.500 MW. Desta forma, como o governador Cid Gomes costuma dizer, o Ceará estará "exportando energia". A previsão é de que a produção seja maior que o consumo em cerca de dois anos, com a entrada em operação do maior empreendimento térmico do Estado, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém.

Contudo, a afirmação do governador não pode ser levada ao pé da letra, pelo fato de que a produção não é necessariamente igual à capacidade de geração. A maior parte da energia nova que será gerada no Estado é de origem térmica e, como o sistema brasileiro privilegia a produção por hidrelétrica (que é mais barata), as termelétricas só entram em operação quando solicitadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o que geralmente só ocorre quando o nível dos reservatórios está baixo.

Segundo já informara ao Diário do Nordeste o coordenador de Energia e Comunicações da Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra), Renato Rolim, apesar de a capacidade ser muito maior, a produção local só se dá o ano todo através das usinas eólicas, que tem potências, com as já instaladas e em operação, de 309 MW, segundo dados da Aneel.

A Aneel ainda lista empreendimentos outorgados entre 1998 e 2004, mas que ainda não estão em construção. São 11 novos empreendimentos com capacidade de gerar 900 MW de energia, em quatro variadas fontes. Seis eólicas geraria 588,9 MW (65,4%) e três térmicas, outros 306,0 MW (34%). A novidade é a entrada a energia solar, com um pequena usina de 5 MW, e um projeto-piloto que geraria 5 quilowatts (kW) através de uma central geradora undi-elétrica, ou seja, através das ondas. 


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