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domingo, 21 de fevereiro de 2010
Companhia americana fecha contratos de US$800 milhões para fornecer turbinas eólicas e geradores a gás
Nas palavras do presidente mundial da GE Energy, Stephen Bolzen, “o mercado brasileiro de energia é um dos mais importantes do mundo” na carteira da companhia americana, que está presente em 160 países. O motivo para tamanha relevância pode ser explicado pelos crescimento que a empresa vem registrando no País.
“Aqui crescemos dois dígitos ao ano”, afirma o executivo, que veio a São Paulo anunciar três contratos que juntos somam US$800 milhões, valor que representa 24% do faturamento de US$3,3 bilhões obtido por todas as áreas da GE no País em 2008. Os números do ano passado ainda não foram divulgados. Em 2010, a GE pretende investir US$120 milhões em todas as suas operações no Brasil.
Depois do sucesso do primeiro leilão de energia eólica, realizado pelo governo no final de 2009, o horizonte de negócios da GE no Brasil se expandiu. Para se ter ideia, a companhia já fechou acordos para fornecer 23% (414MW) de toda potência licitada no certame, que contratou 1.805MW. “Queremos chegar aos 30%”, garante o diretor de marketing da GE, Marcelo Prado, que não revela quais são as outras conversas que estão curso para atingir a meta.
A maior vencedora do leilão eólico, a Renova Energia, que arrematou 270MW de projetos, e a Dobrevê Energia S.A (Desa), que conseguiu 144MW, receberão turbinas da GE de 1,5MW e 1,6MW. As máquinas serão majoritariamente produzidas na fábrica de equipamentos eólicos que será instalada como um anexo de outra planta fabril da GE localizada na cidade de Campinas (SP). Algumas partes serão importadas. Stephen Bolzen diz que existem cerca de 13,5 mil turbinas desse modelo em operação no mundo. “Desde 2002, obtivemos um crescimento de 12% na confiabilidade dessas turbinas”, conta.
Indagado sobre o anúncio da chegada de várias empresas que visam fornecer para o mercado eólico, como Alstom, Siemens e Vestas, Bolzen afirmou que em outros lugares do mundo, como a China e a Índia, muitos anúncios também estão sendo feitos e que a empresa aposta em seus produtos. “As máquinas da GE têm como diferencial a tecnologia e confiabilidade”, justifica.
Outro contrato anunciado pela GE, que deve ajudar a empresa a deslanchar no segmento de substituição de turbinas que queimam óleo por máquinas que geram a partir do gás natural, foi fechado com a Breitener Energética.
Com a entrada em operação do gasoduto Urucu-Manaus, a produtora independente decidiu trocar as unidades geradores das termelétricas Mattos e Fran, localizadas em Manaus. Juntas, as plantas têm 120MW de capacidade instalada. A GE vai fornecer para cada usina 23 geradores a gás Jenbacher, produzidos na Áustria, que emitem muito menos gases poluentes que os geradores a óleo. A conversão das térmicas deverá ficar pronta até o final deste ano. “Para o empreendedor, há várias vantagens, começando pelo fato do gás ser mais barato que o óleo”, analisa Prado.
Além da instalação desses 46 geradores austríacos, a GE está implantando outras 22 máquinas, sendo 19 delas em um aterro sanitário que utilizará o biogás produzido pelo lixo para gerar energia elétrica. “Na Europa, temos 1GW de turbinas gerando a partir de biogás. Fizemos um mapeamento e acreditamos que nos próximos 10 anos é possível instalarmos de 300MW a 400MW por ano na América Latina”, revela Prado, que confirma a existência de negociações com outros aterros para o desenvolvimento de novas plantas no Brasil.
Fonte: ADECE
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