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quinta-feira, 15 de julho de 2010



A usina piloto de produção de energia elétrica mediante o uso da força das ondas do mar, que será instalada no quebra-mar do Terminal de Múltiplas Utilidades do Pecém (TMUT), no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), em São Gonçalo do Amarante, que será implementada em setembro e estará operando em outubro deste ano. A expectativa é do engenheiro Renato Rolim, coordenador de Energias e Comunicações da Secretaria da Infraestrutura (Seinfra). A compra dos principais componentes para a usina – câmara hiperbárica e o corpo do acumulador que juntos representam 80% do equipamento – já está acertada junto a uma empresa cearense.A área de 200 metros quadrados no quebra-mar do TMUT para abrigar uma usina piloto – a primeira da América latina, – está pronta. O “engordamento” da área, localizada na parte leste do quebra-mar receberá as pás da usina. Serão investidos no equipamento cerca de R$ 12 milhões, sendo R$ 1 milhão de contrapartida do Governo do Estado, em parceria com a Universidade Federal do Ceará, a Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Secretaria da Infraestrutura do Estado do Ceará (Seinfra), Companhia de Integração Portuária do Estado do Ceará (Cearáportos) e a multinacional Tractbel, que definiram o cronograma dos trabalhos. O equipamento vai acoplar ainda um protótipo de uma usina de dessalinização de água do mar.

A usina deverá funcionar por três anos para avaliação da tecnologia que aproveita a regularidade dos ventos e freqüência das ondas do mar no litoral cearense para a produção de energia elétrica. A produção de 100 kW é o equivalente ao consumo de 60 casas do padrão médio de consumo de energia elétrica no Estado e mesmo em fase de pesquisa gerará energia suficiente para ser aproveitada. A implantação da usina piloto prevê, além da aplicação de R$ 1 milhão pelo Governo do Estado, mais R$ 11 milhões da Aneel, oriundos do item Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologias da Tractebel, a serem investidos na fabricação, instalação e monitoramento das duas células da Usina de Ondas e de mais um braço para o dessalinizador. O projeto busca dinamizar a matriz energética cearense, dando seqüência às pesquisas da Coppe/UFRJ e UFC com apoio do Governo do Estado.



Uma das vantagens da usina de ondas é o seu baixo impacto ambiental, se comparado às demais formas de produção de energia já existentes, pois se trata de uma fonte limpa de energia e não necessita represar a água. A usina de ondas funciona com a ajuda de flutuadores que ficam submersos no mar presos à usina por meio de dois braços metálicos. Com o movimento das ondas, esses blocos também se movem e produzem força para bombear a água do mar para reservatórios dentro da usina. A água terá sua pressão aumentada em uma câmara hiperbárica, fazendo com que o jato de água saia do compartimento com uma força equivalente à de uma queda d’água de 500 metros de altura. Esse jato move uma turbina, que gera finalmente a energia, repassada depois, para o sistema de distribuição.



FONTE: SEINFRA

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