Profissionais de peso visitam
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Brasília/Fortaleza O governo decidiu adiar de junho para o fim de agosto a realização de leilão de energia produzida por fontes renováveis (biomassa, eólica e pequenas centrais hidrelétricas), no qual as centrais eólicas deverão predominar.
Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, a mudança de data foi provocada por dois motivos. Primeiro, a grande quantidade de projetos inscritos. A EPE ainda não teve tempo para analisar todas as documentações apresentadas. "Vieram muitos projetos. São 14 mil megawatts (MW) de oferta, em mais de 500 empreendimentos", disse.
Outro motivo foi a possibilidade de o leilão de fontes renováveis servir não apenas para aumentar a energia de reserva - espécie de "colchão" de energia excedente que fica à disposição do sistema para ser acionada de acordo com a variação dos preços - mas também atender à expansão da demanda programada para 2013 pelas distribuidoras de energia.
Segundo Tolmasquim, o potencial para a geração de energia eólica no Brasil, hoje estimado em 143 mil megawatts (cerca de dez hidrelétricas de Itaipu), poderá dobrar com o advento de torres mais altas que as atualmente usadas. "Essa é a estimativa que vem sendo feita no mercado de energia eólica", comentou, após participar de audiência pública na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, que debateu a situação da energia eólica no País. Segundo ele, o cálculo dos 143 mil MW foi feito levando-se em conta aerogeradores de 50 metros de altura. Porém, já estão sendo desenvolvidas torres mais altas, de 80 a 100 metros de altura. Tolmasquim explicou que, com a altura maior, é possível captar ventos mais fortes e que sopram com mais frequência. No ano passado, o governo realizou o primeiro leilão de energia voltado exclusivamente para as centrais eólicas.
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